segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Ascendente



Um tanto querido

Um tanto ferido

Um tanto calmo

Ou enlouquecido


Sem lados

Cem lados;

Com ou

Sem laços.


Um pouco de triste

Um pouco de perdido

Um pouco de altivo.

Um pouco de cada vez


Velha indiferença

Nova presença;

Um ser renovado

Porém com face de vários.


Fabrício Caetano, 16 de Abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vou não guardando.



E lá se foi....

E agora vem,

Vem novamente

Vem completamente


Um dia isso foi

E agora vem alguém.

Agora escuto os passos

Onde antes não havia ninguém.


As portas do vermelho estão

Já cansadas do vai-vem.

As portas do vermelho buscam

Os já distantes “ficos” de alguém.


Tenho que, mas não quero que...

A brisa vai soprando

Mas o prazer-doloroso é senti-la passando

E não ficando.


Fabrício Caetano - 15 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

A velha dica



Estou numa redoma.

Chame-me bolha.

Palll...pallll

Pallavv..palavrrr

Pa-la-vra...

PALAVRA.


Minhas idéias estão trancadas

Dentro desse cofre : “EU”.

Meus sentidos estão num estado de torpor

Eu não sei de onde vieram.


- Esta deve ser a era de saber o que não é real

Crie a sua pomba livre!

- Prendendo-a nunca saberá

Se ela esta contigo porque quer ou porque a seguras.


Tenho na mente uma pressão

Que vem forte e me paralisa

Chama-se convívio.

Sons cortados e inaudíveis cortam-me as cordas.


Fabrício Caetano, 18/02/2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mais desencanto



Minhas pequenas ruínas

Reuniram-se, ou melhor, chocaram-se.

O despertar foi triste

Um dos que deixam lágrimas.


Com essa aurora venho

Menos poético – ( com um copo meio vazio )

Pode ser que o tempo esteja

Empedrando-me.


Não há mesmo

Motivos aparentes para

Esse azul

No qual me encontro.


Senão os desencantos

Senão os que eu quero

Senão os errados

Senão os de nunca.


Fabrício Caetano 21 de fev. de 2011