terça-feira, 27 de abril de 2010

É !


É, agora sinto as ondas tocarem suavemente a praia.

As Rochas se feriam no começo

Com o bravio impacto da água;


No início eram poucos os tons no Crepúsculo;

Quando o Sol já não machuca, contemplamos

Telas, as mais puras tintas da Mãe .

A sutileza é um fator de difícil percepção;


Os súditos loucos da Esfinge

São os acalentados pela bonança

-- Tanto a que diverge quanto a que converge.


É! .

-- As Ondas... A praia!

Sua inconstância parece atrair O Corpo;

Mente inebriada de incerteza


A maré sobe, a maré desce.

-- O bom é poder molhar os pés [...]


Fabrício van Giersbergen

16.11.09


sábado, 17 de abril de 2010

Esporadicamente...



Captação dos olhares externos de verdade tão

Cheios de certeza que acabam por se perder;

Subliminaridades apontadas como estalactites

Impressionam enquanto duram.


Certeza Relativa dependente dos humores

-- A qualquer momento o dragão verde pode chegar;

Impaciência prevista e comprovada com as Nuvens de Visão

Antecipação pegajosa e vã das sensações


Um juizo desvairado que se prende à inseguranças

--- O Cadeado só pode ser aberto pela Chave;

Acaba sendo fácil percorrer Saturno

Enquanto Marte está encoberto pelo Sol


Vidas espelhadas e inspiradas pela notas

-- A canção tão linda não pode ser mentira;

A incapacidade de inclinação é vergonhosa

Cada planeta possui a sua própria órbita.


Fabrício van Giersbergen Out. de 2010

Insólito 2º



Movimentos feitos com a temida cautela;

Respiração e contrastes são puramente percebidos

Diferenças que geram a comunhão das partes ;


Sabedoria ordinária – O que soa bastante alegórico

Instantes dirigidos a observação sólido-líquida,

Indiscreta e pura, do indivíduo em seu ego-habitat ;


Perfeitamente atento, esbanja sua garras

Petrifica-nos com apenas um olhar

Medusa dos pensamentos insãnos;


Comportamento eximio de Senhor dos Caminhos ;

No ínicio do Inverno cai a ultima folha

No inicio da Primavera brota a primeira.

Fabrício Van Giersbergen

10.2009

*Insólito;



Transgressões regidas de forma tão maestrosa são
Sutilmente dignas de um réquiem de Mozart;
Declinação total da espécie diante do magnifico Ser da Transgressão

Impavido Ser, livre em sua agonia
Cantando a glorificação dos eternos poetas
Imortalizando a vida, alimentando os lobos

Desliza suavemente pelas colinas frias
Da pura indiferença - Da não pura devoção
A retenção e a castidade no fim cedem
A neve , então , se desfaz ; Esvaindo-se enfim

Hastes iluminadas quebram o ar gélido
A historia está contada
Perdeu-se uma vida
“La Grand Mort”¹

1; Alusão ao curta” La Petite Mort”, “ A Pequena Morte” 
Fabrício Vunjão Caetano
10.2009

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Impaciência


Essa impaciência

Que acaba por consumir

Qualquer outra forma de vivência;


Concretamente desvairada

Acaba chegando e desconcertando;

A calmaria momentânea, ainda assim não se vai.


A ebriedade que se impõe

Diante de nós todas as noites, vivente,

De certo deve ser considerada, fatal.


As sombras nos assustam,

E convidam-nos a dormir em suas plumas

Obscuramente macias e confortáveis.

Fabrício van Giersbergen

Escrito em 23/11/10

Insolúvel


Como fazer a distinção

De folhas amarelas e velhas

Das folhas ainda verdes e saudáveis?

Só o ciclo normal da natureza pode responder


A possível apatia toma o lugar

Onde antes reinava Ímpeto;

--Se não podes alimentar a cobra

Não a atice com a presa.


A precoce nostalgia

Dos dias tira-lhe o fervor dos acontecimentos.

São necessários códigos de convivência

Que acabam por consumir a linha, no fim.


--Precaução, auto-protecionismo;

Deixe livre a beleza das estações

-- Sinta-a, observe-a;

Deixe-a.

Fabrício van giersbrgen

Escrito em 19.11.09

Quem diria?!


Quem diria?!

Aqueles fantasmas recriaram vida

E voltaram pra me assustar;

Impressionar assustadoramente.

Não há uma grande reação diante do alvo

Deleitoso que se prostra diante de mim

E arromba aporta com toda sua impetuosidade

Querendo uma incrível certeza de outros caminhos;

Deixo as circunstancias falarem por si mesmas

E já não aguardo com segundos planos pela aurora

O rio encontra o mar depois de dar muitas voltas

Depois de se debater pelas margens desentoadas;

O bebê está tendo suas primeiras reações

È só um longo caminho a ser percorrido

Com a ingenuidade de um infante

Esteja aberto. Sinta e se deixe ser sentido.

As ações apenas não são explicitas aos mortos.

Não pode haver uma espera eterna

Mas, sim, uma ação eterna.

Um mover eterno.

Fabrício van Giersbergen

Escrito em 22.11.09

The other half of me


Sometimes we just need a second

To realize that the wall in front of us

Is nothing but a image

But Some kinda of ilusion

In between me and my self

There is a so much tenue line

That divides the almost obssesive devotion

Of the complete insanity

Once upon a time there was the beaulty

And There was a beast

Nobody knows what happened with the beast

In the end the beaulty was, maybe in security, in your tower.

Van Giersbergen

Oct. 29th

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Afeto - II Ato


Dentro dos clarões
Consigo ver os olhos
Do encorajador
Do destemido.

Pelas brechas
Surgem pensamentos
Cálidos de ousadia recorrente;
Encontros voltam à memória enlouquecida.

Brilhos mais intensos
Causam excitação;
- Venha! Eu te cuido
Acaricio e te lanço olhares.

Grande e genuína imaginação
Haverá dia, hora e toque;
A singularidade será reconhecida.
Extinta estará a forma de inconstância

Fabrício van Giersbergen

Tempestade


Infinita grandeza das belezas.
A unanimidade em uníssono
Compartilhamento de inconstância
Grito de alerta - desperta!

Vida de desejos.
Ansiedade que causa desconforto
Desarruma, complica;
Tendência trágica do desespero.

Entende-se por liberdade :
O ato, a autoridade.
Quero o desejado das nações.
O bem aperfeiçoado libertário

Sintonia intensa dos recomeços
Cruciais de desmoronamento;
Labirinto cercado de estigma.
Fotografias entram pela porta.

Fabrício van Giersbergen

Majestade Natural


Num período incomum
É despejado diante de mim
Todo o desanimo incoerente
Irracionalmente agressivo.

É equivalente à minha inconstância
Todos os sintomas da terra;
A Gaia tomando dores do filho.
A soberania assustadora.

Flechas são atiradas
A violência é desumana
O caos impera nos quatro cantos
Os elementos se revoltam

Existe uma compatibilidade
Entre os sentimentos
E os tiros luminosos
Lançados a insignificância.

Fabrício van Giersbergen

Caminho Livre


Livre, mas não tanto.
Me sinto preso, pesado e incomodado;
Me vi apertado pela circunstância.
Inocente rebelação, crer.

Interior desordenado, físico estranho;
Controle não de definição.
Magnífico caminho, o passado ficou
Na segunda pele e na Porta.

Desci pra um dia mais claro
Que o habitual - O vento é fresco e forte;
O verde é reluzente.
Magnificência da criação.

Posso contemplar nessa hora
Como se eu estivesse acabado de morrer.
É claro e límpido, quero vida;
Quero ser, estar, ir e ficar quando der.

Cresci, me ajudei, foi o inesperado
Forças de excitação sem demagogia
Liberdade de concentração e entendimento
QUERO TUDO AO MESMO TEMPO
Asas de hipogrífo, mente de universo.

Apego definhando, primeiro passo
Vida eterna e bela de prazeres
QUERO TUDO AO MESMO TEMPO
- Todos!. Sinto, vejo, ouço e como ouço

Vidas estão guardadas, basta que
Na manha seguinte no momento certo da cor
Venha a delicada pandora e nos banqueteie
Com o inocente atrevimento.

Fabrício van Giersbergen