segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Do gelo e do passado




A idéia foi concretizada

E mitificada durante os dias....


Os ventos uivantes da terra distante

Fizeram os momentos amarelarem-se

Em busca dos devaneios.


Quando a brisa veio até mim

E cortou bruscamente os tons do meu rosto

Foram sentidas dores de encontros passados.


Uni-me ao balanço dos loucos.

Desde então as vistas cresceram,

Os espaços brincaram e sons pararam.


- A música já existia!


Ali. Guardada debaixo da

Árvore dourada de sinais de sol

E me apanhava maternalmente.


As guerras não alcançavam o externo

E os meios vivos já não tão vivos vibraram.

- União perfeito-estranha de frio para frio.


Fabrício Caetano

19 – setembro de 2011

Foto : Fabrício Caetano

domingo, 4 de setembro de 2011

Perpetuação e Umas raízes



Olhei-os de longe.

Percebi-os na longínqua tempestade da

Agitação e da danação alheia

Loucos por inundações de vazios.


Apressadamente as vidas se esbarram

Retomando um período de vivacidade.

- Enlamear-se é grotescamente indispensável!

O crescimento se dá diante da calefação.


O acordo para o momento do despertar

Foi pré-estabelecido e na linha vespertina

As palavras foram soltas, jogadas.

Lançadas ao mais puro e simples ouvido, o teu.


Rude, inconfundível e terno olhar perdido

Do Horizonte-Mar do azul desta manhã.

- Abertura para o Astro-Maior.

Minha parte de mim mais pulsante.


O ritmo que se fez e o grito que se deu

Foram suficientes para o beija-flor agir e

Vir e parar e beijar e cuidar e sugar e

Beijar e largar A flor e Re-Voar...


Fabrício Caetano

Domingo – 4 de Set. de 2011*
Fotografia por: Mim.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cosmologia Intrínseca



Dentro de uma piscina de óleo

Eu tentei buscar um fundo real e

Arrastei uma centelha comigo, mas

Submergi e deixei-a presa.


Percebi que nenhuma imagem

Pode ser guardada ao ponto crítico.

A mudança é de essencial necessidade

- Enquadramento de relações.


O físico-químico

Imagético e suspeitável

Não absolutamente crido, mas sentido.

É alvo de especulação.


E quem é possuidor do claro imutável?

- “Minha verdade é a sua mentira!”.

Deixe meus esclarecimentos dentro do crânio

Sendo observado por minhas linhas in/suspeitas.


Eu-modificador, eu-receptor;

Eu-criador, eu-posse, eu-possuidor.

Faísca embebida em certeza relativa

Vontade e necessidade criada na vida.


Fabrício Caetano, 22 de Agosto de 2011

terça-feira, 12 de julho de 2011

Lá por trás do Mar.



As aguinhas, todas

Molhadinhas, caindo

Do meu olhinho, tristinho,

Apertado contra a tela.


Os amorezinhos, todos

Perfeitinhos, sorrindo,

Se afastando devagarinho

Do meu terrero.


Duas conchinhas,

Com areinhas doendo,

Formando pérola negrinha

Da minha dor.


Lancei-me de levezinho,

A queda foi dura!

Acabei na aguinha, sozinho,

Molhadinho, apertadinho contra a Terra.


Fabrício Caetano, 12 de Julho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Little Cinzas/Pequenas Ashes




O som das palavras,
O tom dos quadros,
As vontades no ativismo
Trouxeram-me a mim.

Os bigodes,
Os olhos,
E a altivez
Dos corpos, atraíram-me.

E agora novamente vejo-me.
Sinto-me e apego-me;
Jogo-me em líquidos e
Encanto-me.

Percebo-me nele.
Como foi uma vez no passado
Quero os sons, as palavras;
O Trèschic - O elegante.
A Nova Palavra.

À Frederico Garcia Lorca, Luis Buñuel & Salvador Dalí

Fabrício caetano - 23 de Junho de 2011

domingo, 29 de maio de 2011

Todos Viram


Guiei-me novamente a uma ruela

E lá vi luzes artificiais que me atraiam.

Cai numa emboscada,

Emboscada criada por minha própria ingenuidade.


Só arco.

Sou arco sem violino;

Quando o som molhado na madrugada

Entorpece-me e impede-me.


E por meio das folhas todas do lugar

Uma brisa levanta a mais bela,

Com amêndoas nos olhos,

Que me inspiram antes do dilúvio e encantam-me.


Buscar por uma redenção, uma proteção.

Recriar uma serenidade ayam - violeta

Buscar pelo discernimento, encontrar a saída!


Fabrício Caetano, 29 de Maio de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ainda sem raios




No dia passado a cor me veio aos olhos

E me inspirei.

Nos momentos seguintes vieram

Consolações pela presença querida.


A confirmação da necessidade da junção

Estava clara quando foi dita.

Instantes de conforto.

Chega o etílico e tudo vai, coincidentemente...


Entre varias cabeças

Algumas se destacam

E merecem ser decapitadas antes de

Se tornarem como trepadeiras

...tarde de mais.


Os melancólicos olhares se instalam

Onde havia o encantamento

Outra esperança vem fugaz e vou...

You & me – o violino, à noite, a emoção.


Fabrício Caetano 23 de Maio de 2011

Foto: Fabrício Cae.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O pai dos 4



Estou percebendo uma nova chance de carinho.

Fico com o músculo real em pedacinhos

Enquanto minha mente se conforta e

Abre-se como um pergaminho.


Ouvindo amores e

Querendo dores de amores;

Tendo em vista

Uns olhos sorridentes que vêem tudo brilhar;


Olhos mansos, tranqüilos.

Olhos que me pedem,

Olhos que me inspiram,

Bocas que padecem em sons inaudíveis.


Pleno reconhecimento do genuíno

Busca carnal, sem ser banal.

Tons em preto & preto.

Intercalados pelos tons brancos impuros


Fabrício caetano, 18 de Maio de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Ascendente



Um tanto querido

Um tanto ferido

Um tanto calmo

Ou enlouquecido


Sem lados

Cem lados;

Com ou

Sem laços.


Um pouco de triste

Um pouco de perdido

Um pouco de altivo.

Um pouco de cada vez


Velha indiferença

Nova presença;

Um ser renovado

Porém com face de vários.


Fabrício Caetano, 16 de Abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vou não guardando.



E lá se foi....

E agora vem,

Vem novamente

Vem completamente


Um dia isso foi

E agora vem alguém.

Agora escuto os passos

Onde antes não havia ninguém.


As portas do vermelho estão

Já cansadas do vai-vem.

As portas do vermelho buscam

Os já distantes “ficos” de alguém.


Tenho que, mas não quero que...

A brisa vai soprando

Mas o prazer-doloroso é senti-la passando

E não ficando.


Fabrício Caetano - 15 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

A velha dica



Estou numa redoma.

Chame-me bolha.

Palll...pallll

Pallavv..palavrrr

Pa-la-vra...

PALAVRA.


Minhas idéias estão trancadas

Dentro desse cofre : “EU”.

Meus sentidos estão num estado de torpor

Eu não sei de onde vieram.


- Esta deve ser a era de saber o que não é real

Crie a sua pomba livre!

- Prendendo-a nunca saberá

Se ela esta contigo porque quer ou porque a seguras.


Tenho na mente uma pressão

Que vem forte e me paralisa

Chama-se convívio.

Sons cortados e inaudíveis cortam-me as cordas.


Fabrício Caetano, 18/02/2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mais desencanto



Minhas pequenas ruínas

Reuniram-se, ou melhor, chocaram-se.

O despertar foi triste

Um dos que deixam lágrimas.


Com essa aurora venho

Menos poético – ( com um copo meio vazio )

Pode ser que o tempo esteja

Empedrando-me.


Não há mesmo

Motivos aparentes para

Esse azul

No qual me encontro.


Senão os desencantos

Senão os que eu quero

Senão os errados

Senão os de nunca.


Fabrício Caetano 21 de fev. de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mãos



Eu gosto dos teus pêssegos.

Sinto que a humanidade deveria ter

Uma sensibilidade tão alta

Quanto à dos teus lábios


Não há comparação.

É terno e hipnotizador

O tom que eles têm

E digno de doce contemplação.


Um suave pousar de inseto na flor

Torna-se catastrófico.

É o sutil bater das asas do beija-flor;

Quem olha não vê.


Aquele que toca

É recebedor da graça

Regozijante e ardente

Da pele suave de tua fruta.


Fabrício Caetano, 23 de Julho de 2010

sábado, 19 de março de 2011

Um dos vértices


Minhas rimas e tragos

Não são mesmo os mesmos

Desde que o inicio do “fim” começou.


São muitas pérolas

Para apenas uma ostra.

Que seja esse então o momento.


Vejo que pessoas

São erradamente tidas como vítimas

Do Eu - Ego, meu ego.


“O que mata um homem

São as certezas e não as dúvidas”


Percebo que é necessária

A compreensão do direito

À individualidade.


- Japanese way of life:

Silêncio, respeito.

Fabrício Caetano, 18 de fevereiro 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ao Nicanor


Nos rios laboriosos de outrem eu naveguei

Nos olhos lindos de outrem eu enxerguei

Nos laços fracos de outrem eu me tranquei

Nos lábios lascivos de outrem eu me beijei;


Em outros olhos agora vejo

Em outros lábios agora beijo

Em outros rios agora me afogo

Em outras ruas agora por ti eu rogo.


Por teus óculos ainda verei

Por teus fios ainda dançarei meus dedos

Por teus pelos ainda criarei caminhos

Por tuas lentes ainda lerei os pergaminhos


Por tuas ruas do nada vieste

Por tuas palavras nada disseste

Por tua alma nada perguntaste

Por teus braços nada trouxeste.

Fabrício Caetano 24.12.10

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Talvez novos



O núcleo de posse

Das verdades.

O pilar maior

Da certeza


Tudo foi derrubado.

O que era julgado como

Possivelmente imutável se mostra

Como água corrente.


São as asas dos novos pássaros se abrindo.

Que de leve deixam sua maciez tocar-nos a face.


“ Quem nunca provou do amargo não sabe aproveitar o doce”


Percebo algumas mudanças

E sinto em cordas e tons a

Veracidade da vida

Da seiva bruta


Que sabemos vai escorrendo

Escorrendo até, rapidamente

Se espalhar como deve ser.


18 de fevereiro de 2011

Fabrício Caetano