segunda-feira, 24 de maio de 2010


As antigas e inerentes necessidades de estabilidade saudável

São trocadas por pingos de aguardente, fugacidade.

Os caminhos que outrora foram trilhados por Shakespeare

Acabam por se perder na trilha cansada de sonhos.


Violentaram os ramos de rosas.

--Pétalas ao vento!

Não se ouve mais o som das encostas

--Deixaram por suavizar o quisto.


Ímpeto dos imbecis

Desvairadas cenas de uma ilusão clássica.

Desmoronamento; --Corram!

Acaba por ser mútua a inconstância, declínio.


Os abastados do gozo delirante estão à procura

Procura inerte!

O desvairar da noite os inebria

Equilíbrio, entrega, liberdade e cantares.


Fabrício Caetano

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Contemplação


Caminhar pálido sob o Luar

Reverência límpida diante do negro ardor da noite

A nítida embriaguês dos olhos de cor púrpura;

Uma leveza densa de músculos cansados


Contemplação magistral do profundo oceano dos sentidos

Percepção indolor dos corriqueiros calafrios

No delirante frescor que chega com os uivantes

É percebida a efemeridade dos acontecimentos


Banalidades são descartadas facilmente

Refletir tal beleza é inevitável

Calamidades deixadas e memórias apagadas para

Um recomeço eminente contrariando os insignificantes


Os uivantes levam e trazem a mensagem de mudança

Integração-Flora-e-Fauna ; Suave liberdade

O Primeiro feixe dourado abre as cortinas

Finda-se o Negro EspetaculO.

Fabrício van Giersbergen 29.10.09