quinta-feira, 15 de março de 2012

Poema do Retorno


Os dias do 'sol maior' estão passando:
Os dias de presença se vão,
Os de ausência ficam.
Sonhos que não; Mas - podem morrer.

Vejo o abismo da confusão instalada entre os meus entes queridos,
meus parentes perdidos, meus velhos amigos.

Essas nuvens cor-de-rosa de horizonte
Tocam suavemente os corpos, avisando-nos da linda dor
vermelha-de-solidão-e-excelência.

Na era fugaz da facilidade do ver, ouvir,
Nada fica quando chega a noite ou não se é ouvido.
-Na verdade da verdade não há uma só.

Restam pensamentos densos, e
Em tardes tão amarelas-vazias-do-calor, se fazem presentes
o cotidiano e a não-inspiração.

O duelo de Ser e Estar é caótico;
Vida bruta de sons e des-prazeres

O rio ainda pode correr.
- Para onde?

Fabrício Caetano Em 15/03/2012

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