quarta-feira, 7 de abril de 2010

Caminho Livre


Livre, mas não tanto.
Me sinto preso, pesado e incomodado;
Me vi apertado pela circunstância.
Inocente rebelação, crer.

Interior desordenado, físico estranho;
Controle não de definição.
Magnífico caminho, o passado ficou
Na segunda pele e na Porta.

Desci pra um dia mais claro
Que o habitual - O vento é fresco e forte;
O verde é reluzente.
Magnificência da criação.

Posso contemplar nessa hora
Como se eu estivesse acabado de morrer.
É claro e límpido, quero vida;
Quero ser, estar, ir e ficar quando der.

Cresci, me ajudei, foi o inesperado
Forças de excitação sem demagogia
Liberdade de concentração e entendimento
QUERO TUDO AO MESMO TEMPO
Asas de hipogrífo, mente de universo.

Apego definhando, primeiro passo
Vida eterna e bela de prazeres
QUERO TUDO AO MESMO TEMPO
- Todos!. Sinto, vejo, ouço e como ouço

Vidas estão guardadas, basta que
Na manha seguinte no momento certo da cor
Venha a delicada pandora e nos banqueteie
Com o inocente atrevimento.

Fabrício van Giersbergen

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