sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O inaudito


"O silencio é algo que definitivamente nao existe."

Quanto se cala mais se pode ouvir
Quando se encontras numa dessas noites
Que por modestia se dizem silenciosas
Percebes quao louca e gritante é a sua voz.

Sao sons desconfiados ao longe
Sao sons seguros ao olhar, percebidos.
Sao sons rotineiros aos quais perguntamos qual eficacia
Sao sons vivos e outros sons, dos que confundem-nos.

Esse encontro de desconhecimentos
E a razao do devaneio.
Noites calidas, frigidas, palidas.
Noites de gala, de fome, de vala.

Penso no que farao das noite futuras
Visto que nao se contempla o sutil como se deve
Entre os meus contemporaneos;
Do som principiei;
Ao som retornarei.

Fabricio Caetano, 31 de Dezembro de 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário